Dias assim...

Acordada desde as 8 da manhã! Banhinho tomado, cabelinho seco com o secador lá vou eu esperar pelo belo do autocarro que chegou pontualissímo! Nove e um quarto estava no centro da cidade pronta a dirigir-me ao meu novo emprego. Saio do autocarro e sou engolida por uma chuva torrencial, daqueles que parece que alguém está a segurar uma mangueira mesmo em cima da nossa cabeça. Meto a mão ao bolso e apalpo a minha nota de cinco euros que serviria para pagar o meu almoço. Olho para a loja dos chinês e decido-me a comprar um guarda-chuva ( todo catita, ao xadrez azul e branco). Guardo o euro do troco e enfrento a chuva. Caminho a passos largos em direcção à loja, quando, sinto um carro a parar ao meu lado. Era a minha futura patroa que me diz: " Já vai para a loja?" - ao que eu respondo: - "Sim, tínhamos combinado entre as nove e meia e as dez menos um quarto" - (sempre a chover como se o mundo fosse acabar num dilúvio) - Ahh, mas eu ainda tenho que ir ao sítio A e ao sítio B" - diz a minha patroa - "Não tem problema. Eu espero por si na loja" - sorrio eu, mas a pensar para mim, já não basta estar aqui no meio da estrada, com as calças a começarem a ficar húmidas das gotas de àgua e ainda para mais levantei-me cedíssimo para nada. Segui caminho mas agora sem pressas. Visitei uma loja de produtos de cosmética e sentei-me num café perto da dita loja,ás 9.30, entretendo-me com um bolo de arroz e a revista J. Por volta das dez e meia, achei que estava a abusar da hospitalidade dos donos do café e resolvi ir esperar para a loja. Um horita mais e finalmente chega a patroa. Vinha pálida que eu sei lá. Tinha passado mal a noite e ainda estava combalida. Pede-me que vá a uma tabacaria tirar umas fotocópias. Lá vou eu. Mas São Pedro não queria nada comigo, e parecia que chovia ainda mais, cada vez mais. De regresso à loja, já nem sentia os pés de tão molhados que estavam. Despacho-me a arrumar uma encomenda para poder ir almoçar com a minha mãe à 1 da tarde (não se esqueçam que eu já tinha gasto os meus 5 euros no guarda chuva e no bolo de arroz). Quando terminei o meu trabalho e despedido da chefe era uma menos dez. Oh não! Tenho que ir a correr para o serviço da minha mãezinha (sempre a chover, caro leitor). Desato no meu melhor passo de jogging e chego ao pé dela à uma e um! Atrasei-me um minuto! Até me senti orgulhosa de mim própria. Fomos almoçar a um restaurante ali perto. Nenhum prato me agradava, então decidi comer só uma sopita. Azar dos azares, a sopa era de espinafre! Barghhh! O que eu menos gosto. Enfim, lá enfiei a sopa pela garganta a baixo. 
Acompanho a minha mãe ao serviço e aproveito para secar as minhas botinhas lindas (mas nada aconselháveis a um dia chuvoso) no secador de barras que ela ligou de propósito. Conversa puxa conversa, quando resolvo ir ver as botas descubro que a sola derreteu por causa do calor do aquecedor. Nem sabia se havia de rir ou de chorar. Calço as botas e vou lanchar com a minha mãe, disposta a esquecer o trágico incidente. Como um belo croissant com queijo, prensado (nhamiii)  e resolvo ficar por ali mesmo à espera de uma amiga. Conversamos uma horita, e até deu para ir ver a remodelação que fez no quarto, quando o meu husband me vai buscar. Entro no carro aliviada por estar quase a ir para casa, quando o meu querido me faz questão de dizer que está com uma bela de uma amigdalite e que deve estar cheio de febre. Ora sim senhor, era mesmo o que estava a precisar. Chegar a casa, só ter tempo de descalçar a merda (depois da molha que apanhei, já não gosto tanto delas) das botas, vestir um casaco velhinho e vá de tirar a temperatura ao menino, dar-lhe dois ben-u-ron's e fazer-lhe torradinhas, enquanto ele se enfiava na caminha. E para culminar, tinha prometido à minha mãe que hoje fazia o jantar. Portanto até loguinho!

 

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